Sindicatos e movimentos sociais fizeram na noite desta segunda-feira, dia 7, um ato com passeata no ABC paulista, para marcar um mês de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A saída foi justamente do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, onde Lula passou seus últimos instantes de liberdade até seguir para a Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o presidente do partido em São Paulo, Luiz Marinho, participaram, ao lado de representantes de centrais sindicais e movimentos como os sem-teto.
Por volta das 19h30, os manifestantes desceram a rua do sindicato em direção à Rua Marechal Deodoro, que corta a região central da cidade. Eles seguiram em passeata até a Praça Matriz. O ato terminou pouco depois das 21h.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, afirmou que a defesa de Lula é também a defesa da democracia e dos direitos da classe trabalhadora. “Vamos manifestar nossa indignação por esse um mês de prisão política, arbitrária, violenta e injusta.”
Curitiba
O período de um mês de resistência também foi lembrado em Curitiba. Logo cedo, centenas de defensores da liberdade de Lula ocuparam a Praça Osório, na tradicional Boca Maldita da capital paranaense, e distribuíram panfletos à população. Foi grande a aceitação do material por parte da população, mostrando que também em Curitiba, como em todo Brasil, as pessoas querem saber como é possível que o maior líder popular do país tenha se tornado um preso político.
No início da tarde, defensores de Lula e da democracia, portando faixas e cartazes, realizaram ato pacífico e simbólico na frente do prédio da Justiça Federal no Paraná, onde bate ponto o juiz Sérgio Moro. No pouco tempo em que a Polícia Militar permitiu que o ato acontecesse, o militantes ergueram faixas e cartazes com dizeres como “É Preciso Resistir!” e “Lula Inocente, Lula Presidente”.