Depois de ocuparem a reitoria da universidade por 56h (desde a manhã de terça-feira), os universitários acampados na Universidade de Sorocaba (Uniso) foram obrigados nesta quinta-feira, dia 19, a se retirar do local, em cumprimento a uma liminar de reintegração de posse. Os protestos começaram dia 17, devido ao aumento na mensalidade, que subiu 8,99%. O reajuste significa 2,5% de aumento real, visto que a inflação no período de um ano foi de 6,4% (IPCA/IBGE).
Em resposta a um ofício encaminhado pelo DCE, com pedido de estabelecimento de diálogo, o reitor da universidade, Fernando Sá Del Fiol, afirmou que a instituição vai se pronunciar sobre o valor da mensalidade até o próximo dia 27.
Os alunos deixaram a reitoria às 18h desta quinta-feira. A notificação judicial foi entregue a um grupo de alunos do Diretório Central de Estudantes (DCE) por três oficiais de justiça e quatro soldados da PM. Etevaldo Faria, advogado da Fundação Dom Aguirre (FDA), mantenedora da Uniso, acompanhou a desocupação.
Impedimento
A decisão judicial expedida no dia 17 não só reintegra o prédio ocupado à universidade, como também impede o retorno dos manifestantes ao local.
As lideranças do protesto afirmam que vão continuar mobilizando os alunos pela redução da mensalidade por meio de redes sociais, já que foram impedidos de se manifestar no campus da universidade.
O pedido de reintegração de posse, feito pela Uniso, foi deferido pelo juiz Pedro Luiz Alves de Carvalho, da 5ª Vara Cível de Sorocaba.
Além da redução no valor das mensalidades, ainda estão na pauta de reivindicações a diminuição das filas para atendimento no SAA (Serviço de Atendimento Administrativo) e mais rapidez no encaminhamento do Fies (Fundo de Financiamento estudantil), entre outros itens.