Com apoio e mobilização dos trabalhadores, o Sindicato dos Metalúrgicos já garantiu reajuste salarial de 8% em 216 empresas da região, na qual trabalham 34.598 metalúrgicos, o que equivale a 75% do total de 46 mil trabalhadores da categoria.
Esse total soma os acordos coletivos estaduais com as fundições e montadoras e os termos de compromisso firmados com empresas de outros grupos por meio de negociações locais.
A campanha salarial deste ano está emperrada há meses na maioria dos grupos. A pauta de reivindicações foi entregue aos patrões pela federação estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) no final de junho. Os grupos patronais começaram a negociar apenas em agosto e ofereceram reajustes bem menores do que os 8% reivindicados pela FEM.
Devido ao impasse, a própria FEM orientou os sindicatos a firmar compromissos de reajuste por empresa, para garantir um aumento salarial mínimo enquanto as negociações salariais não se desenrolam.
Greves e protestos
Em Sorocaba, houve greves, protestos e um ato público para forçar as empresas a abrirem negociações locais.
“Mais uma vez os metalúrgicos da região de Sorocaba têm colaborado para fazer avançar as negociações e garantir aumento real de salários. A união dos trabalhadores, inclusive muitos do setor administrativo, tem sido fundamental para manter e ampliar nossas conquistas”, afirma o presidente do Sindicato, Ademilson Terto da Silva.
Segundo a FEM, somando os 14 sindicatos filiados, já foram firmados acordos de reajuste com 1.167 empresas, que empregam 150 mil metalúrgicos nas regiões abrangidas pela federação.