Na entrega da pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano aos patrões, no dia 29 de junho, em São Paulo, os dirigentes sindicais cobraram negociações sérias e rápidas, para que a campanha de 2012 não emperre como no ano passado.
Mas após quase um mês desde a entrega da pauta, os empresários ainda não construíram uma agenda de negociação e até o momento não se manifestaram.
“Isso significa que os trabalhadores devem estar atentos e unidos, pois pode haver necessidade de mobilizações para que eles [empresários] percebam o poder da categoria e atendam nossas reivindicações”, diz João Farani, vice-presidente do Sindicato e secretário-geral da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos).
Principais reivindicações
• Reposição integral da inflação;
• Aumento real no salário;
• Valorização nos pisos salariais;
• Licença Maternidade de 180 dias;
• Ampliação nos direitos sociais;
• Organização Sindical no Local de Trabalho;
• Jornada de 40h semanais, sem redução no salário;
• Seguro de vida.
Base FEM
A FEM-CUT/SP representa 14 sindicatos que, juntos, representam 250 mil trabalhadores em todo o estado. A data-base dos metalúrgicos é 1º de setembro.
A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
• Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos, com acordo fechados)
• Fundição;
• Estamparia;
• Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);
• Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);
• Grupo 8 (trefilação, laminação ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros);
• Grupo 9 (antigo G10 – reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros).