A Syl, autopeças instalada na zona industrial de Sorocaba, recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho – TRT/Campinas, para resolver uma demanda interna dos trabalhadores. Na segunda-feira, dia 30, às 15h, empresa e Sindicato participam de audiênfcia para discutir a paralisação que os trabalhadores deflagraram na quarta, dia 25, por não concordarem com a proposta de revisão da grade salarial que a empresa apresentou.
“Isso mostra a falta de competência da direção da fábrica. Se os trabalhadores pararam, é porque estão descontentes com a proposta da empresa. O que ela tinha que fazer: procurar o Sindicato para negociar; achar uma solução para o impasse. Mas não, ela deus às costas aos trabalhadores e recorreu à justiça para que um juiz decida uma questão interna com seus funcionários”, diz o dirigente Sindical João Evangelista de Oliveira.
A paralisação
Desde o início do ano o Sindicato reivindica a revisão da grade salarial dos trabalhadores, mas a empresa, além de apresentar proposta que não agradou, ainda tentou aprová-la em assembleia conduzida pela própria fábrica.
Toda negociação entre empresa e trabalhadores deve contar com a participação do sindicato que representa a categoria para que o acordo tenha validade.
O Sindicato, antes da paralisação, chegou a propor uma equiparação salarial de 4% para todos os trabalhadores para corrigir a grade salarial na fábrica, mas a direção da empresa não aceitou a contraproposta dos trabalhadores.
“Infelizmente a irresponsabilidade do RH (Recursos Humanos) da empresa tem feito com que as paralisações tenham se tornado comum na Syl”, completa Evangelista.
No ano passado a empresa também enfrentou protestos e paralisações.
Derivada de uma importadora de peças em São Paulo, A Syl Industrial surgiu em 1999. Hoje são duas plantas. A de Sorocaba, que fabrica pastilhas, lonas e sapatas, e a de Mogi Mirim, responsável pela fabricação de tambores e discos de freios.
Somente na planta de Sorocaba a fábrica emprega aproximadamente 300 pessoas.