Nota de Repúdio

Coletivo de Mulheres do SMetal repudia duplo feminicídio em Sorocaba

Isabela (25) e Daniela (41), mãe e filha, foram mantidas como reféns e assassinadas pelo marido da jovem, Filipe Renovato, nesta quarta-feira (1º); Coletivo vai acompanhar o caso e cobrar por justiça 

Imprensa SMetal
Crime bárbaro chocou o Coletivo de Mulheres do SMetal

Crime bárbaro chocou o Coletivo de Mulheres do SMetal

Quando dentro das nossas casas não temos segurança, é possível sentir o termômetro que mede o nível da violência de gênero no país. Nesta quarta-feira, 1º, o Coletivo de Mulheres do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) recebeu consternado a notícia de que mais duas mulheres se tornaram estatística nas mãos de um assassino que, pela cultura da violência, achou que poderia brincar de Deus; fazer as vezes de destino; e tirar com as próprias mãos a vida da ex-companheira e da ex-sogra.

Isabela Rosa Renovato (25) e sua mãe, Daniela Rosa (41), foram vítimas de duplo feminicídio na terça-feira (29). As mulheres foram mantidas como reféns dentro da própria casa por Filipe Renovato (30), marido da jovem de 25 anos. À facadas, o agressor decidiu que tinha posse e direito sobre a vida e os corpos de não somente uma, mas duas mulheres.

Isabela chegou a ser socorrida, mas não resistiu. A mãe dela, Daniela, morreu no local. De acordo com informações oficiais das autoridades, as facadas ocorreram antes da chegada da Polícia Militar ao local.

O motivo segue desconhecido, mas não é preciso muito para ler nas entrelinhas. É preciso, apenas, ser mulher. É sendo mulher que nós, do Coletivo de Mulheres do SMetal, compreendemos que a violência de gênero foi tão banalizada que qualquer “pequeno motivo” hoje se torna razão pela qual maridos, tios, irmãos, pais, avôs, ex-namorados e, até mesmo amigos, acreditem que podem nos matar. Contra esse fato, choramos e lamentamos mais essas vidas perdidas para o machismo desenfreado que insiste em vitimar àquelas que chamamos de “irmãs”.

O Coletivo permanece atento aos próximos fatos e estará de prontidão para cobrar que a justiça seja feita. Para agressor, não existe piedade. Hoje nos juntamos às milhares de sorocabanas arrasadas por este crime e gritamos: PAREM DE NOS MATAR!

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