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Tecsis tenta usar Justiça como bode expiatório

Empresa ainda ressuscitou uma velha desavença, de 2006, sobre a representação sindical dos funcionários

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Comunicação da empresa manipula informações e confunde trabalhadores

Comunicação da empresa manipula informações e confunde trabalhadores

Para tentar frear as negociações sobre sábados livres para os trabalhadores, a empresa Tecsis, fabricante de pás para energia eólica instalada em Sorocaba, divulgou esta semana comunicado na fábrica no qual distorce uma decisão judicial e tenta induzir os funcionários a erro.

Para o Sindicato, a atitude da empresa desrespeita tanto os trabalhadores quanto a própria Justiça, pois se apega ao poder judiciário para levantar uma polêmica inexistente e emperrar uma negociação trabalhista que estava em andamento.

O comunicado da empresa se refere ao processo (nº 0001351-69.2010.5.15.0016), que tramita na 2ª Vara do Trabalho de Sorocaba e que trata de uma ação da Tecsis contra os sindicatos patronais das indústrias de artefatos de ferro e das indústrias de materiais plástico.

O processo diz respeito a contribuições da Tecsis para essas entidades empresariais e não tem nenhuma relação com os trabalhadores da fábrica ou com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Mesmo sem ter relação direta com os direitos dos trabalhadores, a Tecsis utilizou a decisão do juiz substituto Maurício Matsushima Teixeira (que reconhece o pedido da empresa naquele processo contra entidades patronais) como argumento extra-judicial para paralisar as negociações trabalhistas.

Representação
Para piorar, a empresa ainda ressuscitou uma velha desavença, de 2006, sobre a representação sindical dos funcionários, pondo em dúvida se os trabalhadores da Tecsis são metalúrgicos ou são químicos.

Sobre a questão da representação, a Justiça do Trabalho decidiu, após inspeção judicial nas fábricas, que os funcionários são metalúrgicos e que um acordo entre a Tecsis e o sindicato dos químicos induzindo ao contrário seria fraudulento.

Ainda que caiba recurso sobre a representação, a Justiça é muito clara: até segunda ordem, os funcionários da Tecsis são metalúrgicos e qualquer acordo trabalhista entre a empresa e o sindicato dos químicos é ilegal.

“Os trabalhadores é que saíram vitoriosos nessa polêmica, pois se mantiveram metalúrgicos como sempre foram. Temos certeza que será assim até a última instância judicial, por mais que a empresa e o outro sindicato se unam para defender interesses próprios e tentar prejudicar os trabalhadores”, afirma Valdeci Henrique da Silva, secretário de organização do Sindicato dos Metalúrgicos.

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