Em mais uma rodada de negociação de Campanha Salarial, a FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) reforçou a necessidade de cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho às bancadas patronais do Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees) e da Fundição.
A reunião com o G2 foi na sexta-feira, dia 30 de agosto. “A discussão foi acirrada, já que o G2 é o grupo onde a Federação mais detectou contratações em trabalho intermitente no Estado de São Paulo. Se está na Convenção, a cláusula tem que ser cumprida”, afirmou o presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão.
Além disso, também foi registrado o baixo cumprimento do seguro de vida. “A adesão das empresas à apólice é anual e precisa ser renovada”, explicou. A cláusula do seguro de vida foi conquistada no ano passado e garante o trabalhador em caso de morte natural ou acidental, invalidez permanente e auxílio funeral.
O coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho, que acompanha as negociações, lembrou que a CCT assinada no ano passado com esse grupo é válida por dois anos.
“Apesar de ter Convenção válida por dois anos, a discussão foi de ajustes de redação de cláusulas sociais. O INPC do período deve sair nos próximos dias e já temos reunião agendada para a próxima semana”, disse.
Ontem a FEM/CUT recebeu a bancada patronal da Fundição. A coordenadora do Coletivo de Mulheres Metalúrgicas do ABC, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, contou que a reunião foi produtiva e também passou pela discussão da exigência do cumprimento do seguro de vida.
“Poucas empresas desse grupo aderiram ao seguro de vida, reforçamos a importância do cumprimento da cláusula e os representantes saíram de lá com a lição de casa de conhecer melhor nosso seguro cobrar das empresas o cumprimento. Esse é um grupo mais aberto a negociação e esperamos que continue assim”.
Com a Fundição, a CCT assinada ano passado também vale por dois anos. Para esta semana estão marcadas novas reuniões com G3 e Sindicel.
O tema da Campanha Salarial este ano é ‘Mais emprego, mais direito e mais salário’. Os eixos são: reposição integral da inflação mais aumento real; manutenção e a aplicação das Convenções Coletivas; respeito às entidades Sindicais; contra o fim das NRs (Normas Regulamentadoras) e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.
A pauta de reivindicações foi entregue aos patrões no dia 4 de julho. Este ano alguns grupos terão a discussão somente econômica, a pauta parcial, já que têm a CCT garantida por dois anos. São eles: Grupo 2, Grupo 3, Sindratar, Sindicel e Fundição.
A pauta cheia, com as cláusulas econômicas e sociais, será negociada com o G8.2, G8.3 e Estamparia, já que a CCT vale até 31 de agosto deste ano. Já o G10, que não tem Convenção Coletiva assinada, também recebeu a pauta cheia para discutir tanto as cláusulas sociais quanto as econômicas.