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Campanha Salarial

FEM/CUT inicia rodadas de negociação com Grupo 2 e Fundição

Segundo a FEM/CUT, durante as reuniões nesta terça-feira, dia 20, representantes das bancadas patronais do Grupo 2 e da Fundição se mostraram preocupados com situação econômica e política do país

Imprensa Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
Raquel Camargo
No G2, os patrões alegam que estão sofrendo com as medidas do governo de liberar a importação de máquinas, equipamentos e componentes eletrônicos

No G2, os patrões alegam que estão sofrendo com as medidas do governo de liberar a importação de máquinas, equipamentos e componentes eletrônicos

A FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) realizou nesta terça-feira, 20, as primeiras rodadas de negociação de Campanha Salarial 2019 com as bancadas patronais do Grupo 2 (Sindimaq e Sinaees) e da Fundição, em São Paulo.

O presidente da FEM/CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, explicou que as duas bancadas patronais assinaram, no ano passado, a Convenção Coletiva de Trabalho com validade de dois anos.

“Diante das incertezas no país, nós trabalhadores fizemos o pedido para as duas bancadas patronais estenderem a validade da Convenção por mais um ano, de agosto de 2020 até agosto de 2021”, afirmou. Os sindicatos patronais, em contrapartida, reclamaram muito da situação econômica e política do país.

Pela manhã, a reunião foi com o G2. “Neste grupo, os patrões alegam que estão sofrendo muito com as medidas do governo de liberar a importação de máquinas, equipamentos e componentes eletrônicos”, contou.

“A bancada dos trabalhadores lembrou que muitos empresários, inclusive sindicatos patronais, declararam publicamente o apoio a esse governo durante o período de eleições. Nós já alertávamos o risco que seria um governo sem projeto de política industrial para o país”, explicou.

Na parte da tarde, a reunião foi com os representantes da Fundição. “O relato que ouvimos é que o setor segue apreensivo com o desempenho da economia brasileira, sem previsão de crescimento nem contratação. Mesmo com a choradeira, a demonstração nos dois grupos foi de querer chegar a um entendimento nesta Campanha Salarial”, ressaltou.

Outro tema discutido nos dois grupos foi a cláusula do Seguro de Vida e a necessidade de renovação anual. “Essa cláusula foi conquistada na Convenção Coletiva do ano passado e garante o trabalhador em caso de morte natural ou acidental, invalidez permanente e auxílio funeral. Mas essa apólice é anual e precisa ser renovada. Por isso, é importante que os trabalhadores cobrem a sua empresa a cumprir a cláusula”, disse.

Novas reuniões estão agendadas para hoje com o G3 e amanhã, com a Estamparia. Com os outros grupos, as reuniões estão marcadas para a semana que vem. Embora tenham sido procurados diversas vezes, o Sindratar e o G8.2 ainda não agendaram datas de negociação.

Tema e eixos

O tema da Campanha Salarial este ano é ‘Mais emprego, mais direito e mais salário’. Os eixos são: reposição integral da inflação mais aumento real; manutenção e a aplicação das Convenções Coletivas; respeito às entidades Sindicais; contra o fim das NRs (Normas Regulamentadoras) e redução da jornada de trabalho sem redução de salário.

A pauta de reivindicações foi entregue aos patrões no dia 4 de julho. Este ano alguns grupos terão a discussão somente econômica, a pauta parcial, já que têm a CCT garantida por dois anos. São eles: Grupo 2, Grupo 3, Sindratar, Sindicel e Fundição.

A pauta cheia, com as cláusulas econômicas e sociais, será negociada com o G8.2, G8.3 e Estamparia, já que a CCT vale até 31 de agosto deste ano. Já o G10, que não tem Convenção Coletiva assinada, também recebeu a pauta cheia para discutir tanto as cláusulas sociais quanto as econômicas.

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