A categoria metalúrgica da base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região (SMetal) é de 37.500 trabalhadores. A massa salarial que a categoria representa impacta fortemente a economia local e regional.
O reajuste salarial de 5% da Campanha Salarial 2018 além de contribuir para a melhora da vida dos trabalhadores é também um instrumento que permite distribuir, um pouco, a renda tão concentrada no Brasil. É o que salienta o economista da subseção do SMetal do Dieese, Fernando Lima.
Com o reajuste, a propensão ao consumo é elevado, o que contribui com a economia como um todo (veja ao lado).
Na estimativa do economista – que considerou o reajuste salarial dos grupos patronais G2, G3, G8, Sindratar, Sindicel e Fundição – com os 5% de reajuste salarial são R$ 5.9 milhões por mês inseridos na economia local e regional.
Nessa estimativa, Lima também considerou o teto salarial, sendo que 3.057 trabalhadores, ou seja, 8,16% da categoria, recebem 29% da massa salarial de toda a categoria.
O reajuste contou com aumento real de 1,31% e foi conquistado pelos sindicalistas por meio de negociações com os grupos patronais.
Luta contínua
O presidente do SMetal, Leandro Soares, reforça que a conquista do reajuste salarial não foi nada fácil. Ele lembra que a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT começou as negociações logo após o Carnaval, no início deste ano, e só no final de outubro conseguimos fechar as Convenções Coletivas e o aumento real. “Isso significa que, de fato, nenhum direito é garantido se não tiver muita luta coletiva”.