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Operação Hipócrates

Polícia desmantela esquema de corrupção no Conjunto Hospitalar de Sorocaba

Fraude em Sorocaba pode ter rendido R$ 2 milhões ao bando e prejudicado mais de 300 mil pacientes

Imprensa SMetal
Adival B Pinto/Cruzeiro do Sul
O diretor Consani (de branco) atrás do governador Alckmin e ao lado do prefeito Vitor Lippi em recente visita do governador ao CHS

O diretor Consani (de branco) atrás do governador Alckmin e ao lado do prefeito Vitor Lippi em recente visita do governador ao CHS

O médico Heitor Consani, 38 anos, preso na manhã desta quinta-feira, 16, acusado de fraude contra o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), foi indicado recentemente pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB) para dirigir a instituição. Além de Consani, foram presas outras 11 pessoas acusadas de fazer parte de um esquema de corrupção em hospitais de Sorocaba e da capital paulista.

Logo após a escolha de Consani para a direção do CHS, em fevereiro, Lippi disse que havia pedido ao secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, para que nomeasse uma diretoria com pessoas de Sorocaba e com carreira dentro do complexo para apresentar melhores condições de gestão.

Consani começou a trabalhar no CHS em 1999, onde fez residência e internato. Hoje ele foi preso acusado de comandar um esquema de fraudes nos plantões e em licitações do CHS.
A operação ganhou o nome de Hipócrates, em referência o juramento que os médicos fazem ao serem diplomados.

A operação

As investigações – feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pelo Grupo Antissequestro de Sorocaba (Gas) começaram em setembro do ano passado, depois que funcionários do próprio hospital denunciaram o esquema.

Segundo as investigações, um grupo de médicos e de enfermeiros forjam os plantões e as licitações de próteses para pacientes. No caso das próteses, era licitado um produto de alta tencologica, mas os pacientes recebiam próteses primárias.

O esquema existiria desde 2008 e o bando, que pode chegar a 50 pessoas, teria desviado mais de R$ 2 milhões somente do conjunto hostitalar de Sorocaba.

O mesmo medelo de fraude praticada em Sorocaba pode ter se espalhado a pelo menos outros 11 hospitais da Capital de Grande São Paulo.

Os médicos plantonistas, muitos deles fantasmas, chegavam a receber R$ 600 por um plantão de 12h, o equivalente a R$ 15 mil mensais. Enfermeiros, que também participavam do esquema, recebiam R$ 300 por plantão. Muitos estariam registrados em vários plantões, em diversos hospitais, no mesmo dia e horário.

Na operação desta quinta a polícia cumpriu 13 mandados de prisão temporária em Sorocaba, Itapevi e Capital para as seguintes pessoas: Ricardo José Salim, Tania Maris De Paiva, Célia Chaib Arbage Romani,Heitor Fernando Xediek Consani , atual diretor do CHS, Marcia Regina Leite Ramos,Tânia Aparecida Lopes,Tarley Eloy Pessoa De Barros , Kleber Castilho,Antonio Carlos Nasi, Maria Helena Pires Alberici, Vera Regina Boendia Machado Salim, Edson Brito Aleixo e Edson da Silva Leite.

Recorte do Jornal Cruzeito do Sul noticia a indicação do médico Heitor pelo prefeito Vitor Lippi

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