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Rodadas de negociação

FEM inicia debate da Campanha Salarial com mais três grupos patronais

O Grupo 10, Estamparia e Sindicel tiveram a primeira rodada de negociações com a FEM nesta semana; já no Grupo 3, segundo encontro é marcado por ataques a cláusulas sociais pré-existentes

Imprensa SMetal com informações de FEM-CUT/SP
Marina Selerges/ FEM-CUT/SP
Na manhã de quarta-feira, dia 9, foi realizada a segunda rodada com o Grupo 3 (autopeças, parafusos e forjarias).

Na manhã de quarta-feira, dia 9, foi realizada a segunda rodada com o Grupo 3 (autopeças, parafusos e forjarias).

A Federação dos Metalúrgicos da CUT São Paulo realizou novas rodadas de negociação da Campanha Salarial 2017 com grupos patronais nesta terça e quarta-feira, dias 8 e 9 de agosto.

O primeiro encontro da semana foi com representantes do Grupo 10 (lâmpadas; equipamentos odontológicos; mecânica e material bélico) e da Estamparia, na terça-feira, dia 8. A reunião foi a primeira rodada de negociações com ambos os grupos.

A bancada dos trabalhadores propôs então um plano de trabalho que prevê, inicialmente, o debate das cláusulas pré-existentes, seguidas pelas cláusulas novas e, por fim, o debate das normas de resistência, que tem como objetivo proteger o metalúrgico dos efeitos da reforma trabalhista e da terceirização da atividade-fim.

Em todos os grupos, a FEM-CUT tem proposto ainda uma cláusula de ‘salvaguarda’, que garanta negociações específicas sobre os impactos da reforma trabalhista mesmo após a nova legislação entrar em vigor, em novembro de 2017. Os sindicatos patronais se comprometeram a responder sobre o tema na próxima rodada de negociação.

Grupo 3

Na manhã de quarta-feira, dia 9, foi realizada a segunda rodada com o Grupo 3 (autopeças, parafusos e forjarias). A reunião tratou das cláusulas pré-existentes na Convenção Coletiva de Trabalho e reinvindicações do grupo patronal.

Como nos demais grupos, os representantes dos patrões voltaram a atacar a cláusula que garante estabilidade ao trabalhadores acidentado ou com doença ocupacional, argumentando que há “mau uso” da norma.

O secretário-geral da FEM-CUT e dirigente sindicato do SMetal, Adilson Faustino (Carpinha), alerta que má fé existe em todo lugar, mas que são casos isolados e há órgãos competentes para investiga-los. “De forma alguma esses casos devem pautar a retirada dessa garantia para o conjunto todo da categoria”, critica.

O Grupo 3 pede ainda a retirada das cláusulas que tratam da licença amamentação; reajuste do vale transporte dissociado do reajuste do transporte público; além das garantias do trabalhador estudante.

Sindicel

Com o Sindicel (Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de metais não-ferrosos), que rachou com o Grupo 8 e vai negociar diretamente com a bancada dos trabalhadores neste ano, o primeiro encontro da Campanha Salarial aconteceu na tarde de quarta-feira, dia 9.

A FEM-CUT então apresentou o plano de trabalho para as próximas rodadas. Um segundo encontro ficou marcado para dia 17 de agosto, quando iniciarão efetivamente o debate das cláusulas pré-existentes na Convenção Coletiva.

Resistência, Unidade e Luta

A data-base da categoria é 1º de setembro. A FEM-CUT/SP representa aproximadamente 198 mil metalúrgicos, organizados em 14 sindicatos, entre eles o SMetal. O tema deste ano é “Resistência, Unidade e Luta”.

A pauta dos trabalhadores, protocolada junto às bancadas patronais no dia 4 de julho, reivindica redução da jornada para 40 horas semanais; INPC + aumento real; não à perda de direitos; contra as reformas do governo e o projeto de terceirização.

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