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Editorial

A soma de todas as maldades

O editorial da Folha Metalúrgica desta semana aborda o pacote de maldades de Temer que, a serviço da direita, amplia a desigualdade social penalizando especialmente os trabalhadores e a população mais pobre do País

Imprensa SMetal
Divulgação

As propostas de terceirização irrestrita, Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista despertaram na maioria dos brasileiros uma justa indignação com o desmonte dos direitos da população, especialmente a de renda baixa e média baixa. Esses ataques aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários também fizeram boa parte dos brasileiros começarem a refletir sobre o que estava por traz da trama que levou Michel Temer ao mais alto posto de comando do país.

Quem ainda não havia percebido também começou a notar quanto estrago pode ser feito no país ao se eleger tantos deputados e senadores de direita, conservadores, sem compromisso com os trabalhadores, como aconteceu em 2014.

Antes mesmo das propostas atuais de reformas, o governo Temer e seus aliados já vinham fazendo diversas maldades com o país.

Em outubro do ano passado foi aprovado o Projeto de Lei 4567/16, que autoriza multinacionais estrangeiras a explorarem o petróleo na camada de pré-sal brasileira. O projeto é de autoria do senador José Serra (PSDB) e sua aprovação começou a ser articulada junto com o governo quando Temer ainda era presidente interino.

A privatização do pré-sal, além de ser um crime de lesa-pátria, por vender uma importante matriz energética da Nação, vai impedir investimentos sociais no futuro e causar desemprego.

Quando foi concebida a proposta de exploração do pré-sal, ainda no governo Lula, foi decidido que parte da receita obtida iria para investimentos em saúde e educação. O maquinário e os insumos utilizados pela Petrobras seriam, como sempre foram, comprados prioritariamente de fabricantes brasileiros. Agora isso acabou.

Já em dezembro de 2016 foi promulgada a Proposta de Emenda Constitucional 247 (PEC 247), que congela os investimentos do governo em saúde, educação, assistência social e Previdência por 20 anos.

Em fevereiro deste ano, o Senado aprovou a Medida Provisória 745/16, do governo federal, que permite a importação de papel-moeda e moeda metálica pelo Banco Central. E mais: a compra de Real importado pode ser feita sem licitação. Cometeram esse atentado contra a soberania nacional e quase ninguém viu.

E já tem empresa dos EUA interessada em fabricar o nosso dinheiro. Assim como tem multinacionais que já se preparam para explorar o pré-sal. Outras estão ansiosas para que o governo Temer venda logo a Petrobras, os Correios, a Caixa, o Banco do Brasil. Há também instituições financeiras prontas para vender planos de saúde, de aposentadoria, etc.

Mas por que eles agem assim? Porque são malignos? Não necessariamente. Essa é a visão de mundo da direita capitalista. Faz parte da ideologia deles. Para eles, a exclusão social é natural. A falta de serviços de saúde, educação e previdência para quem não pode pagar por eles é natural. A mentalidade da direita é financista, individualista e exploratória.

Segundo a direita, é natural o fato das 62 pessoas mais ricas do mundo terem mais riquezas que metade da população mundial mais pobre.

Para eles, a proteção das riquezas nacionais é dispensável, visto que o bem mais importante na visão deles, o capital, não tem pátria. Portanto, é natural atender prioritariamente os interesses dos donos do capital, visto que são eles que lhes dão sustentação no poder e em nome deles a direita governa (embora precisem do voto popular para se elegerem).

O que não é natural é o trabalhador, o estudante de baixa renda familiar e o pequeno empreendedor adotarem o lado da direita, do grande capital, nessa disputa.

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