Os vereadores de Sorocaba devem votar nesta terça-feira, dia 28, uma Moção de Repúdio à Reforma da Previdência, que o presidente Michel Temer (PMDB) quer implantar no País. O autor da moção é o vereador Renan dos Santos (PCdoB).
O parlamentar justificou que a proposta de governo federal é um retrocesso social e apontou, ainda, a falta de diálogo com a sociedade para elaboração do projeto. Para ele, as justificativas de déficit da Previdência não se sustentam, “uma vez que esse déficit resulta dos benefícios, renúncias e desonerações fiscais que o governo concede às grandes empresas”.
Na moção será anexado o documento que as Centrais Sindicais entregam aos vereadores durante a sessão do dia 23. A inclusão do documento na moção foi pedida através de emenda da vereadora Iara Bernardi (PT).
Caso seja aprovada, a moção será encaminhada à Câmara dos Deputados, ao Senado Federal e ao Governo Federal.
Manifestação na Câmara
Lideranças de centrais sindicais com base em Sorocaba protocolaram na quinta-feira, dia 23, na Câmara Municipal, um documento pedindo aos vereadores da cidade que contribuam para evitar a aprovação das reformas da Previdência e Trabalhista. Cerca de 100 sindicalistas estiveram na sessão para acompanhar o protocolo.
No documento, as centrais solicitam que os parlamentares se manifestem publicamente contrários às reformas e procurem os deputados federais dos seus partidos para convencê-los a votar contra as propostas de redução de direitos dos trabalhadores da ativa e aposentados.
De 19 vereadores presentes na sessão, 14 devolveram o documento assinado e cinco se recusaram a receber a carta, por orientação do líder do governo na Câmara, Fernando Dini (PMDB). Além de Dini, os vereadores João Paulo Miranda (PSDB), Rafael Militão (PMDB); Hudson Pessini (PMDB) e Hélio Brasileiro (PMDB) não se dignaram a receber o texto dos dirigentes sindicais. O 20º vereador, Silva Júnior, não estava na sessão.
O documento foi assinado pelas seguintes centrais sindicais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Sindicatos independentes.