Os trabalhadores da Nipro, metalúrgica instalada na zona industrial de Sorocaba, entraram no segundo dia de greve nesta sexta-feira (18). A revisão da grade salarial é a principal reivindicação dos funcionários.
Entre às 21h de quinta e às 2h da manhã desta sexta houve uma reunião entre a direção da empresa e dirigentes sindicais, quando a empresa formulou uma proposta. Pela manhã a proposta da empresa foi apresentada aos trabalhadores, mas eles a rejeitaram.
Na mesma assembleia os trabalhadores construiram uma contraproposta e a apresentaram à empresa, mas ainda não obtiveram resposta.
Além da grada salarial, os trabalhadores também estão descontentes com o transporte e alimentação. “Na verdade a empresa fez uma revisão da grade em janeiro. Mas ela só mudou a nomeclatura das funções. Aumento, mesmo, os trabalhadores não tiveram”, explica o dirigente sindical Marcos Roberto Coelho, o Latino.
Na proposta apresentada pela fábrica na manhã desta sexta, a empresa fez novos ajustes na proposta da revisão da grade salarial apresentada em janeiro, “mas esta [proposta] também não é satisfatória”, acrescenta o também dirigente sindical João Evangelista de Oliveira.
No último dia 10, após a empresa cortar inclusive a salada da refeição, os funcionários promoveram três paralisações de duas horas nas entradas dos três turnos da empresa. A Nipro emprega atualmente cerca de 350 funcionários.
Além das paradas de protesto, os trabalhadores também aprovaram comunicado de greve, que legitimou a paralisação que começou nesta quinta.