Na tarde de segunda-feira da semana passada, dia 14, mais três trabalhadores terceirizados morreram durante o exercício de suas funções, desta vez em uma usina da Gerdau, em Ouro Branco (MG).
Douglas Eduardo Neto, 24 anos; Allan Roger Prado, 23 anos; e José Cezar Miguel, 51 anos; eram terceirizados e faziam a manutenção em uma torre de gás quando houve a explosão. Eles trabalhavam na empresa Convaço e faziam um serviço de solda num dos gasômetros da usina, no Alto Forno. Outro operário, Eli Carlos Almeida Fernandes, 36 anos, ficou ferido no acidente, foi socorrido e já teve alta do hospital.
As três mortes se somam às estatísticas de acidentes fatais de trabalho e revelam, mais uma vez, a face cruel da ganância empresarial, que pouco se preocupa com a saúde e a segurança no ambiente laboral.
Entidades sindicais há tempos denunciam e estudo do Dieese confirma (leia no portal www.smetal.org.br) que os terceirizados são as principais vítimas de acidentes de trabalho.
O secretário geral em exercício da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Loricardo de Oliveira, questionou a lógica dos empresários de só visar lucro e dar pouca atenção às condições de trabalho. “Combatemos a terceirização justamente porque ela leva a tragédias como esta. Os terceirizados são os que ganham menos, sofrem com a maior rotatividade e a falta de qualificação para exercer as funções e, por isso, são 80% das vítimas de acidentes de trabalho”, afirmou Oliveira, que também é um dos coordenadores do Comitê Mundial dos Trabalhadores na Gerdau.
Com informações de imprensa CNM/CUT.