Desde o início do período da Campanha Salarial, a FEM-CUT/SP compreende que o momento que o país atravessa é complicado. Vários elementos contribuem para isso, a crise do capitalismo mundial, a crise política brasileira e os ataques da FIESP e do governo golpista aos direitos duramente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras resultam na falta de disposição de certos grupos patronais de negociar a pauta da classe trabalhadora.
Foram meses intensos de negociação, debates sobre as cláusulas sociais e pôr fim, discussão sobre o reajuste salarial dos trabalhadores e trabalhadoras. O discurso do patronal já era o esperado: “não é possível avançar devido à crise”! Em alguns grupos isso foi mais grave, dificultam, inclusive, avanços nas cláusulas sociais. O grupo 3 (Peças, Forjaria e Parafusos) ofereceu 7% de reajuste, o grupo 8, sugeriu inicialmente, o congelamento dos salários por 3 anos e depois de muita pressão ofereceu 6%. O grupo 10, que assim como o grupo 8, tem ligações umbilicais com a FIESP, ainda não fez proposta econômica e até insinuou que o reajuste de 2016 deveria ser 0. Os três grupos já foram notificados com avisos de greve.
A nossa resposta deve ser a altura das provocações. Sabemos que só com muita luta podemos reverter este cenário, portanto, a orientação da Federação dos Sindicato de Metalúrgicos da CUT São Paulo é aumentar a mobilização com realização de atos, assembleias e paralisações nas empresas desses grupos e se somando amanhã, 29, ao Dia Nacional de Paralisação dos Metalúrgicos.
Durante a reunião ampliada da direção da Federação, os sindicatos filiados à FEM-CUT/SP aprovaram estado de greve. Pressionar o empresário para que influenciem as decisões dos sindicatos patronais para garantir conquistas.
Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos!
Luiz Carlos da Silva Dias
Presidente da FEM-CUT/SP