Votação no Senado

Hipocrisia impera nos discursos do golpe

Além de vazios os discursos mostram o quanto a direita, composta por grandes empresários e políticos ligados ao setor financeiro, precisam apelar na justificativa de retomar o poder

Imprensa SMetal
Ueslei Marcelino/Reuters

Com 367 votos a favor e 137 contra, a Câmara dos Deputados deu sequência ao rito do processo contra Dilma Rousseff, no dia 17 de abril.

Os discursos de justificativa dos deputados que votaram sim para o impeachment incluíram homenagens às famílias dos próprios políticos, apelos a Deus e até chegaram a citar ética e democracia.

Antes de darem seus votos ressaltaram: “Em homenagem à minha família, aos meus amigos”, “O momento de reescrever a ética e a democracia brasileira”, “Pelos fundamentos do cristianismo”, “o caráter e o valor de um homem não se faz com ouro, nem prata, se faz pela sua posição”, “Pedindo as bênçãos de Nossa Senhora de Nazaré, pelo meu Estado do Pará, pela minha família, pela minha honra, pelas minhas duas filhas”, etc.

Como no discurso de Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp, que diz combater a corrupção, mas que afirma ser necessário flexibilizar os direitos trabalhistas para a retomada do crescimento econômico no país.

Além de vazios, esses discursos mostram o quanto a direita, composta por grandes empresários e políticos ligados ao setor financeiro, precisam apelar na justificativa de retomar o poder e assim, implementar seu projeto de país – direcionado aos próprios interesses.

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