Em encontro com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL), membros da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo entregaram mais de 300 manifestos da sociedade civil contrários ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 26.
Em vídeo divulgado pela Mídia Ninja, Marcello Lavenère, ex-presidente do Conselho Nacional da OAB, conta que foram entregues a Renan Calheiros pareceres elaborados por juristas de todos os estados e correntes filosóficas do Direito, considerando que impeachment sem crime é golpe. “Entregamos esse dossiê ao presidente Renan, que o recebeu e prometeu que essa Casa iria se portar dentro da constituição e não fora dos cânones constitucionais”, disse.
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, afirma que o encontro teve como objetivo demonstrar ainda o repúdio dos movimentos à votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. “Pedimos mais atenção à democracia, ao rito processual, à normalidade democrática que possa acontecer no Senado”, explica.
Segundo Carina, o presidente do Senado se comprometeu em fazer do processo no senado o mais democrático possível, inclusive afirmou que analisará a possibilidade dos movimentos sociais progressistas acompanharem a votação das galerias da Casa.
“Não pode acontecer o que ocorreu na Câmara dos Deputados, onde meia dúzia de movimentos sem legitimidade são convidados pela Mesa para entrar na sessão, e outros movimentos legitimados historicamente nas ruas não puderam entrar”, criticou.
A luta continua
Na segunda-feira, dia 25, a Frente Brasil Popular reuniu centenas de pessoas na quadra do Sindicato dos Bancários, em São Paulo, para debater os rumos das mobilizações contrárias ao golpe jurídico-midiático à democracia.
Segundo o coordenador da Frente Brasil Popular e presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, os movimentos devem ampliar a mobilização no próximo período. “Não iremos tolerar esse golpe absurdo que conduz o Brasil para o abismo e o retrocesso de direitos trabalhistas e sociais”, assegura.
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