Os metalúrgicos do ABC fazem assembléia geral da campanha salarial 2010 neste sábado (11/09), a partir das 10h, em frente à sede do Sindicato, na rua João Basso, 231, Centro de São Bernardo do Campo.
Os trabalhadores vão avaliar e votar as propostas discutidas entre representantes das montadoras e dos Grupos 2 (máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos) e 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação entre outros) com o Sindicato. Existe a possibilidade de greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (13), caso as bancadas patronais não apresentem proposta até a assembleia de amanhã. Comunicado de greve já foi entregue ao G10 (serralheria, lâmpadas e prensas).
Os metalúrgicos da Fundição e Grupos 3 (autopeças) e 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração etc.), aprovaram em assembléia no dia 4 proposta de reajuste salarial de 9% negociada e conquistada pelo Sindicato. É o maior aumento real obtido pela categoria nos últimos dez anos – representa o dobro da inflação acumulada no período, 4,4%. Quinta-feira (09), o Grupo 2 fez proposta, que será apresentada e votada na assembleia de amanhã.
PARALISAÇÃO NA FORD – Ontem (10), os metalúrgicos na Ford pararam a produção durante duas horas, entre 6h40 e 8h40. A semana foi de mobilização e paralisação em todas as montadoras. Desde quarta-feira (8), metalúrgicos das indústrias de automóveis da base do Sindicato (Ford, Volks, Scania, Mercedes-Benz) realizam assembléias, passeatas e paralisações em cumprimento à decisão unânime de assembléia da categoria realizada no sábado (04). As montadoras e o Grupo 10 não apresentaram propostas de reajuste salarial compatíveis com as reivindicações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Na manhã de quinta- (9), ato seguido de passeata reuniu 2 mil trabalhadores mensalistas (pessoal do administrativo, engenheiros etc.) na Volkswagen. Os trabalhadores cruzaram os braços às 7h30 e fizeram em passeata por todos os setores da fábrica. Na quarta (08), trabalhadores do turno da manhã na Volkswagen e Mercedes-Benz cruzaram os braços durante duas horas em repúdio à falta de índice. Na VW, pararam 6.500 trabalhadores na produção. Na Mercedes, foram mais de 800 trabalhadores nos setores de montagem de ônibus, montagem de câmbio, CKD, revisão e complementação de veículos.
A base do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem 101,4 trabalhadores, desse total 32 mil trabalham nas cinco montadoras (Volkswagen, Mercedes-Benz, Ford, Scania e Toyota) de São Bernardo do Campo e mais de 35 nas autopeças.
