A FEM-CUT/SP reprovou mais duas propostas econômicas de aumento salarial apresentadas nesta quinta, dia 25, pelas bancadas patronais dos Grupos 10 e 2, na rodada de negociação na FIESP. O G10 ofereceu apenas 5% de aumento salarial (INPC + 0,68% de aumento real) e o G2 propôs 6,17% (INPC + 1,8% de aumento real). A fórmula do reajuste salarial corresponde à soma do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo IBGE, da data-base da categoria, 1º de setembro, estimado em 4,3%, e mais o percentual do aumento real.
A negociação com G10 por enquanto está suspensa, já com o G2 uma nova rodada acontecerá no dia 2 de setembro, às 10h, na sede da Abinee, na FIESP.
A rodada de negociação com as Montadoras, no Sinfavea, prevista para esta sexta, 27, às 15h, foi desmarcada. As rodadas agendadas nos dias 1º de setembro e 3 estão mantidas.
Além dos Grupos 10 e 2, também apresentaram propostas de aumento salarial as bancadas do Grupo 8 (6% – INPC + 0,68% de aumento real), Grupo 3 (7% – INPC + 2,5% de aumento real) e Fundição (6,53% – INPC + 2% de aumento real) – todas foram reprovadas pela Federação.
O presidente da FEM-CUTSP, Valmir Marques (Biro Biro) disse que os sindicatos metalúrgicos filiados estão irritados com estas propostas das bancadas patronais. “Com estas propostas as empresas estão provocando os nossos sindicatos a irem para o enfrentamento”, afirma Biro.
Demais reivindicações
A bancada patronal do Grupo 10 sinalizou a possibilidade de incluir novamente na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) a cláusula que garante estabilidade até a aposentadoria ao portador de acidente do trabalho e doença profissional. “Nossa intenção é trabalhar favoravelmente para chegar a um consenso”, disse o coordenador do G10, o advogado Márcio Antonio D´Angiolella.
Desde 2000, a Federação tem assegurado este importante direito aos trabalhadores dos setores do G10 por meio de medida judicial.
Com relação às reivindicações da ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses e à redução na jornada de trabalho, de 44h para 40h, sem redução no salário, a bancada ainda tem uma posição fechada sobre os temas.
Já no Grupo 2, a bancada patronal disse que analisará as propostas e comunicará sua opinião sobre a viabilidade de adoção na próxima rodada agendada para o dia 2 de setembro, às 10h, na sede da Abinee, na FIESP.
Pauta e representação FEM
As principais reivindicações dos metalúrgicos da CUT são: 1) Reposição integral da inflação; 2)Aumento real nos salários; 3) Valorização nos pisos; 4) Jornada de 40 horas semanais, sem redução nos salários e 5) Licença Maternidade de 180 dias.
A FEM-CUT/SP tem 12 sindicatos metalúrgicos filiados em todo o Estado e é a interlocutora dos trabalhadores nas negociações da Campanha Salarial com as bancadas patronais. A Federação negocia com seis bancadas: Montadoras (representada pelo Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Sinfavea), Grupo 2 (máquinas e eletrônicos) Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos), Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) e Fundição. A data-base do ramo é 1º de setembro e estão na base da Federação cerca de 250 mil metalúrgicos e metalúrgicas em todo o Estado.
Próxima rodada de negociação
Grupo 2
Data: 2 de setembro (quinta-feira)
Horário: 10h
Endereço: Abinee (Av. Paulista 1313 – 7º andar)