Investigação

Relator que reprova contas de Dilma é suspeito de fraudes fiscais

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram indícios de que o ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes pode ter recebido R$ 1,65 milhão de empresa investigada

Imprensa SMetal com informações da Brasil de Fato
Valter Campenato/Agência Brasil

Nardes declarou antecipadamente sua intenção de recomendar a reprovação das contas da presidente referentes à 2014

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal encontraram indícios de que o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes pode ter recebido R$ 1,65 milhão de uma empresa investigada sob suspeita de envolvimento com fraudes fiscais. Nardes é relator das contas da presidenta Dilma Rousseff (PT).

Nardes declarou antecipadamente sua intenção de recomendar a reprovação das contas da presidente referentes à 2014. A declaração antecipada de voto é irregular no TCU.

O ministro é alvo de suspeitas por ter sido sócio até 2005 da empresa Planalto Soluções e Negócios, registrada em nome de seu sobrinho, Carlos Juliano.

A suspeita é parte da Operação Zelotes, da Polícia Federal, que apura fraudes praticadas para comprar decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda que julga recursos de empresas contra multas aplicadas pela Receita Federal.

De acordo com a investigação, Nardes e o sobrinho receberam na Planalto Soluções e Negócios vários pagamentos da SGR Consultoria, que teria corrompido conselheiros do Carf para favorecer empresas que recorreram ao órgão.

Segundo os investigadores, há referências a Nardes em mensagens eletrônicas enviadas em janeiro de 2012 pela secretária da SGR Gegliane Bessa.

Além das mensagens eletrônicas que indicam favorecimento, os investigadores dizem ter encontrado anotações feitas por suspeitos que confirmariam as operações financeiras e concluíram que as referências indicam Nardes como “destinatário dos recursos”.

Nardes afirma à Folha de São Paulo desconhecer os pagamentos, que era um “simples acionista” da Planalto, e que se desligou da empresa em 2005.

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