O povo saiu às ruas no final da tarde de quinta-feira, dia 20, em várias capitais do Brasil em defesa da democracia.
Em São Paulo, metalúrgicos e trabalhadores de outras categorias, além de estudantes e trabalhadores rurais, se concentraram no Largo da Batata e seguiram em passeata até a avenida Paulista, passando pela avenida Rebouças.
A estimativa dos organizadores é de que mais de 90 mil pessoas se manifestaram no ato que durou quatro horas, por direitos, liberdade e democracia e que foi convocado por cerca de 50 entidades da sociedade civil.
Durante a concentração, a polícia militar já tinha estimado 60 mil manifestantes.
Mesmo com uma chuva fina, que caiu no início da noite, crianças, jovens, adultos, idosos, cadeirantes, pessoas de todas as etnias e segmentos sociais, podiam ser vistos expressando o desejo por um país melhor, com mais justiça social.
Os trabalhadores, estudantes e militantes de movimentos sociais deixaram claro a defesa pelo sistema democrático que garante, inclusive, a oportunidade do povo ir às ruas reivindicar.
A passeata, que tomou boa parte da avenida Rebouças, foi contra o golpismo e contra pautas conservadoras que representam o retrocesso da sociedade. Não faltaram críticas à política econômica do governo e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Mas a manifestação deixou claro que o ato tinha pautas específicas e não abria mão da defesa da democracia.
Pelo empenho na participação e importância do ato, o coordenador da subsede da CUT, em Sorocaba, Joselito Mansinho, parabenizou os trabalhadores dos sindicatos cutistas da região, que saíram em três ônibus, da sede do SMetal. “Foi, sem dúvida, uma demonstração de que lutamos pelo bem coletivo, queremos reformas e podemos expressar nossas opiniões, sem cair no discurso golpista”, alertou.