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Editorial

Alguém sabe por que o Romário ficou chateado?

A palavra da diretoria desta edição fala sobre as reportagens falsas de grandes veículos de comunicação e a necessidade de um olhar crítico e preciso sobre o que se lê, ouve e vê na TV

Imprensa SMetal
Arte: Lucas Delgado/Imprensa SMetal

É preciso ter um olhar crítico sobre o que se lê, ouve e vê na TV

O ex-jogador da Seleção Brasileira e hoje, senador Romário Faria, questionou nesta quarta-feira, dia 29, em sua página da rede social, se alguém tem notícias de alguns jornalistas da Veja, que assinaram a ‘reportagem’ que o acusa de ter uma conta na Suíça.

Ele ficou extremamente desapontado ao chegar em Genebra, na Suíça, e checar que não havia conta nem muito menos os 7 milhões e meio apontados pelos repórteres.

A ironia do senador mostra quão estúpidas andam publicações como as da Veja e de outras grandes mídias que fabricam documentos falsos para a prática irresponsável de atacar pessoas que representam ‘pedras no caminho’ de interesses oportunistas.

Não à toa, o cantor, compositor e músico Arnaldo Antunes posou para uma foto, dia desses, com um cartaz escrito “Não creia em tudo o que lê”.

Lembramos que em palestra para a diretoria do SMetal, sobre “Os desafios da imprensa sindical”, o coordenador de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e da Rede Brasil Atual, Valter Sanches, ressaltou que “antes, o fato e a opinião eram separados no jornalismo. Hoje, a opinião está misturada aos fatos e os fatos são distorcidos para confirmar essa opinião”.

Romário quer que os repórteres da Veja expliquem como conseguiram o documento falso. Lula foi recentemente acusado de ter pedido um habeas corpus – acusação divulgada amplamente pela Folha de São Paulo (às 11h25 do dia 25/6) e outros veículos. No mesmo dia, a própria Folha de SP, às15h07, publicou uma notinha “Erramos”.

O texto do portal do jornal foi corrigido, mas a versão original já tinha corrido redes sociais, impulsionada pela equipe do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). E aí? Acredite quem quiser?

É preciso olhar crítico, é preciso questionar o que se lê, o que se ouve e o que se vê na TV. É como separar o joio do trigo. E é mais do que preciso fazer o trabalho que parece de formiguinha, mas que é fundamental para a sobrevivência da democracia no país, nos referimos ao trabalho de uma imprensa comprometida com os valores da classe trabalhadora.

Fica cada vez mais clara a importância de publicações como Rede Brasil Atual, Brasil de Fato, Carta Capital, jornais como a própria Folha Metalúrgica e Tribuna Metalúrgica, do ABC, e os mais diversos blogs como o Mídia Ninja e Conversa Afiada, que fazem o contraponto às falácias impostas do falso jornalismo.

Precisamos valorizar esses meios de comunicação que estão voltados à sociedade, mesmo remando contra a maré, mas trata-se de uma luta necessária contra o favorecimento de interesses de uma estreita camada que $uperfatura criando fatos.

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