A segunda negociação dos metalúrgicos da CUT e a bancada estadual dos patrões do Grupo 3, nesta terça, 20, em São Paulo, não avançou nenhum milímetro. O G3 não acenou com avanços salariais, redução da jornada nem ampliação da licença maternidade.
Os demais grupos patronais com fábricas na região de Sorocaba (G2, G8, G10, fundições e montadoras) sequer marcaram data pata início das negociações.
“Como prevíamos, apesar da produção estar a todo vapor, os patrões não querem facilitar em nada a vida dos trabalhadores”, afirma João de Moraes Farani, diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e vice-presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM).
A primeira reunião com o G3 foi no dia 13. A próxima rodada será na quarta, dia 28. Antes, no dia 26, os patrões do setor se reúnem para analisar a pauta da FEM protocolada há quase um mês.
Os sindicalistas não vêem possibilidade de avanços na mesa de negociações se não houver pressão das bases.
“Os patrões que quiserem evitar paralisações devem exigir seriedade de seus representantes na Fiesp (Federação das Indústrias). Caso contrário, as ações sindicais nas fábricas metalúrgicas da região de Sorocaba serão inevitáveis”, alerta o secretário-geral do Sindicato, Valdeci Henrique, o Verdinho.
Data-base de todos os grupos é 1º de setembro
A data-base de todos os grupos metalúrgicos é dia 1º de setembro. Nessa data, em tese, todos os metalúrgicos já devem ter garantidos acordos que definiam reajustes salariais, valor do piso salarial, etc.Isso inclui os Grupo 2, 3, 8, 10, fundições e montadoras.
Mas para o Sindicato, se não houver mobilização da categoria e vontade dos patrões locais, haverá atraso na conclusão da campanha salarial.