As merendeiras que atendem as escolas da rede pública municipal em Sorocaba entraram novamente em greve. A paralisação é a segunda em menos de um mês e, mais uma vez, é motivada pela falta de pagamento de salários e vale-transporte pela empresa responsável pelo serviço na cidade, a ERJ Administração e Restaurantes de Empresas. A orientação do Sindicato dos Trabalhadores em Refeições de Sorocaba e Região (Sindirefeições) é para que hoje as profissionais da categoria sirvam a merenda e deixem as unidades. Para amanhã está marcada uma passeata saindo da Praça Frei Baraúna, às 8h, rumo à Prefeitura. O objetivo é cobrar uma atitude da administação municipal para que a situação seja normalizada e não volte a se repetir.
De acordo com a presidente do Sindirefeições, Teresinha de Jesus Baldino, cerca de 400 merendeiras que deveriam ter recebido até a última quinta-feira (2) ainda não tiveram o dinheiro depositado em conta nem mesmo receberam o vale-transporte. Com isso, muitas enfrentam dificuldades inclusive para chegar ao trabalho. Ainda segundo Teresinha, a expectativa é de que as demais merendeiras contratadas pela empresa no município (cerca de 600) que, em tese, devem receber parte dos vencimentos até a próxima quarta-feira (8) também não sejam remuneradas.
Embora as merendeiras sejam orientadas a continuar a distribuição das refeições hoje, há locais onde o serviço está paralisado. No Centro de Educação Infantil 53, na Vila Formosa, pais de alunos eram informados na tarde de hoje sobre a falta de merenda. Apesar disso, as aulas não foram interrompidas.
O ato que irá percorrer ruas da cidade amanhã tem a intenção de cobrar o poder público para que se mobilize para a causa. O Sindirefeições reivindica uma intervenção da Prefeitura, que é a contratante da ERJ e, anteriormente havia informado estar pagando em dia o repasse à empresa. Recentemente, o contrato entre ambas as partes foi prorrogado em caráter emergencial por um ano. A licitação que prevê a contratação de uma nova prestadora do serviço está suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O Cruzeiro do Sul aguarda um posicionamento tanto da Prefeitura quanto da ERJ.