Novo balanço da Prefeitura divulgado na tarde de hoje, dia 25, revelou que as unidades de saúde de Sorocaba registraram 26.580 casos de dengue desde o início do ano. Até a semana passada havia 22.675 casos registrados na cidade. Portanto, houve aumento de 3.905 notificações da doença em uma semana (17,22%).
O secretário municipal de Saúde, Francisco Antônio Fernandes, afirma, porém, que os dados desta semana representam uma estatística, pois tomaram como base a contagem manual de notificações das unidades de saúde públicas e privadas do município. Ele alegou lentidão do sistema eletrônico do Ministério da Saúde pela contagem manual feita em Sorocaba, que é um dos municípios com maior incidência de dengue no país.
Segundo o secretário, não houve novas mortes por dengue além das seis contabilizadas até a semana passada. Porém o número de óbitos em análise por suspeita de dengue subiu de quatro para sete.
Desde janeiro houve 394 internações devido à dengue em hospitais da cidade. Desses, 26 apresentaram sinais de dengue hemorrágica e 19 ficaram internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Denúncias na CPI da Dengue
Também na tarde de hoje, aconteceu mais uma rodada de oitivas da CPI da Dengue, presidida pelo vereador Carlos Leite (PT). Foram ouvidos o diretor de fiscalização da Prefeitura, José Antônio de Souza, e o presidente da Associação dos Agentes de Vigilância Sanitária de Sorocaba, Rogério Barbosa de Oliveira.
Rogério informou à CPI que apenas 79 agentes de vigilância sanitária estão atuando hoje nas ruas de Sorocaba para detecção e combate de focos de dengue. Segundo ele, incluindo os agentes que atuam na administração, o setor conta com 106 trabalhadores. De acordo com Rogério, o contingente exigido pelo Ministério da Saúde, para uma cidade do tamanho de Sorocaba, vai de 235 a 260 agentes. A administração municipal estaria descumprindo essa norma.
Em nota à imprensa, a assessoria de Carlos Leite informou que o presidente da Associação denunciou ainda que, por falta de contingente, não estão sendo realizadas vistorias em locais de grande concentração de pessoas, como escolas públicas e privadas, unidades de saúde, demais prédios públicos, fábricas e indústrias.
Rogério explicou que a maior quantidade de criadouros de dengue é encontrada principalmente nas fábricas. “Ele também afirmou que não estão sendo feitas vistorias em obras de construção civil que, segundo ele, eram locais onde os agentes também encontravam enorme quantidade de larvas do mosquito da dengue”, diz a nota.