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Sistema eleitoral

Saiba por que é preciso um Plebiscito Oficial para a reforma política

Para o professor de história e militante social Miguel Trujillo, é preciso repensar o sistema atual para tornar mais democrática a representação política do país

Imprensa SMetal
Foguinho/Imprensa SMetal
Miguel Trujillo lembra que junto com a reforma política é preciso lutar para democratizar os veículos de comunicação para se ter realmente democracia

Miguel Trujillo lembra que junto com a reforma política é preciso lutar para democratizar os veículos de comunicação para se ter realmente democracia

As manifestações de rua, em junho de 2013, mostraram a insatisfação do povo com o sistema político como um todo. Um sistema que não representa a maior parte da população.

Esse foi o momento no qual a Central Única dos Trabalhadores (CUT), OAB, Movimento dos Sem Terra (MST) e centenas de outras entidades formularam suas propostas, que culminou em uma campanha pelo Plebiscito.

No ano passado, durante a semana da pátria, instituições sociais organizaram o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político.

Na ocasião, foi perguntado à população: você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político? O resultado foi quase 8 milhões de votos – sem ter divulgação midiática – com a maioria afirmando o sim à uma constituinte do sistema político.

O professor de história e militante social Miguel Gonçalves Trujillo Filho afirma que a campanha continua e, agora, a reivindicação é por um plebiscito oficial, ou seja, “agora, é o governo federal que precisa promover esse plebiscito”.

Para ele, “o sistema político está podre em boa parte por causa dos financiamentos de campanha que criou uma oligarquia (verdadeiras castas) que se perpertuam no poder em benefício próprio e de pessoas próximas”, ressalta.

Trujillo, que foi perseguido e sofreu repressão por combater a ditadura civil e militar, alerta que é preciso reconhecer a importância da política no dia a dia. “Tudo depende da política, da energia à educação. O sistema político precisa ser refundado e isso só se dará por meio de uma Constituinte”.

Constituinte Exclusiva

É uma assembleia escolhida pelo povo para fazer uma Constituição, ou seja, as novas normas do sistema político brasileiro.

Geralmente, uma Constituinte é criada quando o sistema político do país está desmoralizado. Trujillo exemplifica com dois momentos históricos. O primeiro, durante a Revolução Francesa, na qual o povo avançou nas propostas e culminou na República.

Outro exemplo, é após a derrota do fascismo na Segunda Guerra Mundial, quando Portugal e Itália promoveram Constituinte para resolver os problemas políticos.

Na visão de Trujillo é preciso repensar o sistema para tornar mais democrática a representação política. “Atualmente, há algumas deformações do poder econômico, como as bancadas , no Congresso Nacional, da bala e do agronegócio que são maiores que muitos partidos”, destaca.

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