Palavra da Diretoria

Que País queremos?

No ano em que o golpe civil-militar completa 50 anos, assistimos movimentos que pedem a volta desse retrocesso, a perseguição e a retirada de direitos da classe trabalhadora

Imprensa SMetal

No ano em que o golpe civil-militar completa 50 anos, período que subtraiu a democracia, que perseguiu e assassinou, nos privou de toda e qualquer forma de liberdade impondo uma cultura de medo e intolerância, atonitamente assistimos movimentos que pedem a volta desse retrocesso, que disseminam o ódio, a perseguição e a retirada de direitos da classe trabalhadora.

Já há algum tempo, criou-se uma ilusão que não existia mais luta de classe, que não havia mais posições ideológicas de Direita e de Esquerda. Essa farsa montada pelos setores conservadores da sociedade, com apoio de parte da grande imprensa, tinha como único propósito de manipular e impor suas vontades. O preconceito, o ódio contra os Nordestinos, a perseguição violenta contra os homossexuais, o posicionamento contrário aos direitos dos trabalhadores domésticos, entre outros temas, somente reforçam que o pensamento conservador, de direita, a serviço do Capital, está mais latente como nunca.

Entretanto, a pauta da classe trabalhadora se manteve firme, disputando espaço e conquistando a juventude que parecia distante da luta, da transformação social. As eleições foram um divisor de águas sobre esse cenário. Os movimentos sociais, os sindicatos e o retorno da juventude nos debates políticos foram essenciais para a vitória do projeto democrático popular.

Diversos são os desafios para 2015. O debate ideológico tende a estar ainda mais contundente na disputa capital X trabalho. Esse acirramento deve ser ainda maior com a composição do novo Congresso Nacional, considerado o mais conservador desde 1964, ano do golpe civil-militar. Congresso esse eleito com os votos dos próprios trabalhadores evidenciando a urgência de uma reforma política no País.

Os metalúrgicos de Sorocaba, que ajudaram na fundação da CUT, participaram das Diretas Já, conduziram um companheiro metalúrgico para chefe da nação, sabem o seu papel histórico e sua importância para o País. Para quem construiu o presente, através das lutas no passado, cabe à responsabilidade de continuar a luta e o combate contra qualquer forma de retirada de direitos não somente da categoria, mas de toda a classe trabalhadora.

E que País queremos? Essa questão será respondida somente através da reflexão na luta cotidiana e principalmente na união de todos. Para que não somente possamos afastar de vez a cultura odiosa do preconceito, da xenofobia, da intolerância e do fantasma da ditadura, mas também para que possamos nos fortalecer como povo, como nação. Que venha 2015!

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Direito dos Trabalhadroes Dirtadura Militar homossexuais nordestinos transformação social
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