Bruxelas – Os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, parabenizaram hoje (27) a presidenta Dilma Rousseff por sua reeleição, afirmando que o novo mandato permitirá uma consolidação da democracia e da inclusão social no país. “Em nome da União Europeia apresentamos nossas mais calorosas felicitações por sua reeleição como presidente da República Federativa do Brasil. Desejamos a Dilma todo o êxito no cumprimento da missão que o povo brasileiro lhe confiou de novo”, indicaram os líderes em comunicado.
Barroso e Van Rompuy destacaram que a sequência do governo é “uma oportunidade única para consolidar a trajetória inequívoca de construção da democracia e da inclusão social no Brasil, baseada na promoção da igualdade de direitos e de oportunidades, e a estabilidade econômica”.
Ambos os líderes comunitários, que estão de saída das instituições que comandam, se mostraram seguros de que seus sucessores trabalharão com o governo de Dilma para ampliar a associação estratégica entre a UE e o Brasil.
O fortalecimento dos laços terá como o objetivo alcançar novas metas que permitam impulsionar o crescimento, a competitividade de ambas as economias e fazer frente aos atuais desafios globais, destacaram os líderes em nota.
“Europa e Brasil compartilham os mesmos valores democráticos e as mesmas aspirações de liberdade, prosperidade, solidariedade e paz”, frisaram Barroso e Van Rompuy. “À medida que aproximamos nossos países, sociedades e economias, estamos criando mais possibilidades de fazer com que estes valores e aspirações sejam uma realidade para todos, seja em nível nacional ou internacional.”
China
O presidente da China, Xi Jinping, também parabenizou hoje a presidenta Dilma por sua reeleição, uma vitória que, na opinião dos chineses, trará grandes avanços para o Brasil e para a relação entre ambas as nações. Essa é opinião da porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, que reiterou em entrevista coletiva a confiança do país asiático no governo de Dilma.
“Achamos que, sob sua liderança, o Brasil conseguirá grandes avanços em seu desenvolvimento nacional”, disse Hua, que também destacou que o segundo mandato poderá impulsionar as relações entre os dois países.
A porta-voz chinesa lembrou que, durante os primeiros anos do atual governo, as relações registraram “um rápido crescimento” e destacou o encontro entre o presidente da China e Dilma em julho, quando Xi fez uma visita de Estado ao Brasil.
“Durante sua estadia, Xi manteve um encontro muito produtivo com a presidente. Eles trocaram opiniões sobre as relações e os assuntos de interesse comum, e se chegou a um consenso”, ressaltou hoje Hua.
Brasil é o principal destino dos investimentos chineses na América Latina.
Durante a primeira visita de Xi Jinping ao Brasil, ambos países assinaram um total de 54 acordos. Eles preevem parceiras em áreas como ferrovias, telecomunicações, hidrelétricas, transmissão de energia, fábricas de automóveis, plantas de máquinas de construção e computação na nuvem.
França
O governo da França cumprimentou Dilma e afirmou que espera trabalhar em estreita cooperação com o governo brasileiro para impulsionar a parceria estratégica entre os dois países em todos os âmbitos, segundo o Ministério das Relações Exteriores da França em comunicado.
O governo francês lembrou que a relação com o Brasil gira em torno de três prioridades: reforçar o diálogo político relativo ao clima, aumentar os vínculos comerciais e de investimento, e dinamizar a cooperação de intercâmbios universitários.
Índia
Na Índia, o primeiro-ministro, Narendra Modi, parabenizou Dilma com o desejo de que o segundo mandato signifique um reforço nas relações entre ambos os países. “Espero continuar o trabalho com Dilma Rousseff para fortalecer as relações entre Índia e Brasil nos próximos anos”, disse Modi, em comunicado.
Brasil e a Índia assinaram em julho vários acordos para desenvolver projetos ambientais conjuntos, elevar a troca de imagens de seus satélites de vigilância terrestre, estabelecer consultas entre seus consulados e facilitar o trânsito de pessoas entre as duas nações.
As parcerias foram assinadas em Brasília durante a VI Cúpula dos Brics, fórum que ambos países integram junto à Rússia, China e África do Sul, após uma reunião de trabalho entre Dilma e Modi.
Brasil e a Índia mantêm desde 2006 uma associação estratégica com o objetivo de ampliar o comércio e os investimentos mútuos.
Em 2012, durante uma visita da presidente reeleita ao país asiático, foram fixadas como meta a elevação das relações comerciais para perto de 15 bilhões de dólares anuais.
Em dez anos (2003-2013), as transações já cresceram de US$ 1 bilhão para US$ 9,49 bilhões, o que transformou a Índia no 13º maior parceiro comercial do Brasil.