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Campanha Salarial

FEM e G3 continuam debate da redução na jornada de trabalho

A implantação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem redução no salário, na base das empresas do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) foi o principal tema da 2ª rodada de negociação

FEM/CUT

A implantação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, sem redução no salário, na base das empresas do Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) foi o principal tema da 2ª rodada de negociação da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP com a bancada patronal, ocorrida na tarde de terça-feira (22), na sede do Sindipeças, em Santo Amaro, em São Paulo. Esta é uma das reivindicações na pauta da FEM (abaixo confira a relação).

O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro-Biro, destacou aos representantes das empresas que a redução pode acontecer de forma gradativa e citou como exemplos, as Montadoras, cuja medida está convencionada há 14 anos, e alguns setores do ramo que já adotam a jornada de 40h. “A medida é positiva tanto para a empresa quanto para o trabalhador. Além de melhorar a produtividade, porque o trabalhador estará descansado, reduz o índice de acidentes e doenças profissionais. O trabalhador também terá mais tempo para se qualificar e se aprimorar profissionalmente”, explica Biro.

A bancada do G3 manteve resistência à reivindicação da FEM-CUT/SP.


Pauta específica

Durante a rodada, a bancada patronal apresentou uma pauta específica, propondo uma mudança na redação da cláusula do “Aprendiz do SENAI”. A Federação não concordou, porque a proposta patronal fere o “princípio das condições mais favoráveis”, utilizado no Direito do Trabalho, que destaca benefícios previstos na legislação trabalhista.

Demais setores patronais

Por enquanto, a FEM iniciou as negociações da Campanha Salarial com a bancada do G3. A Federação aguarda agenda com os demais setores patronais.

Próximas rodadas com o G3

Data: 29/7, às 10h e 5/08, às 10h
Local: sede do Sindipeças, Av. Santo Amaro 1386
Pautas de reivindicações da FEM-CUT/SP
Reposição dos salários pelo índice integral da inflação;
Aumento real de salário;
Valorização dos pisos;
Licença Maternidade de 180 dias para os grupos patronais que ainda não concedem este benefício às trabalhadoras;
Redução da jornada de trabalho para 40h semanais sem redução no salário.
Base FEM-CUT/SP em Campanha

A data-base da categoria é 1º de setembro e estarão em Campanha cerca de 215 mil metalúrgicos, de um total de 251 mil na base da FEM no Estado. Neste ano só serão negociadas as cláusulas econômicas, as sociais têm validade de dois anos e estão em vigor até 31 de agosto de 2015.

Grupo 2 (máquinas e eletrônicos)
Total:89,139 mil

Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos)
Total: 51,531 mil

Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros)
Total: 41,872 mil

Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros)
Total: 23,825 mil

Estamparia
Total: 5,337 mil

Fundição
Total: 3,941 mil
Total: 215, 645 mil metalúrgicos em Campanha.

Lembrando que a FEM-CUT/SP representa 251 mil metalúrgicos na base (neste dado estão incluídos os setores aeroespacial e montadoras)
Fonte dos dados: Subseção do Dieese da FEM-CNM/CUT

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A próxima rodada acontecerá às 10h Campanha Salarial imprensa jornada de trabalho na sede do Sindipeças no dia 29
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