No período de 2002 a 2013, os metalúrgicos na base da CUT em São Paulo acumularam ganho real (acima de inflação) de 29% a 37%, segundo estudo elaborado pela subseção do Dieese e divulgado pela federação estadual (FEM) e pela confederação nacional (CNM) da categoria. No caso das montadoras, por exemplo, esse aumento real chega a 37,34%, com médias anuais próximas a 3%.
O setor automobilístico tem o maior índice entre os grupos econômicos que compõem a mesa de negociação. Em seguida, vêm os grupos 2 (máquinas e eletroeletrônicos) e 8 da Fiesp (trefilação, laminação e refrigeração), com 32,13%. Fundição e Grupo 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos e outros) têm variações próximas: 31,59% e 31,27%, respectivamente. O Grupo 3, que representa empresas de autopeças, forjaria e parafusos, acumula 28,99%.
O estudo observa tendência de acordos com aumentos reais menores este ano, quando a inflação teve alta principalmente no primeiro semestre. De 33 acordos de metalúrgicos pelo país analisados pelo Dieese, só sete ficaram acima de 2012. Os reajustes ficaram em média 0,54 ponto menores que no ano passado.
No caso da base cutista em São Paulo, o acordo obtido foi o mesmo neste ano e no anterior – 8% -, mas com inflação um pouco maior o aumento real passou de 2,48% para 1,82%.
Considerados todos os setores de atividade econômica, de 328 acordos e convenções analisados pelo Dieese, 84,5% tiveram reajuste acima do INPC-IBGE no primeiro semestre, 7% foram equivalentes à inflação e 8,5% ficaram abaixo. O ganho real foi de 1,19%, ante 2,26% em igual período do ano passado.