As negociações da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP com a bancada patronal continuam emperradas. Na manhã desta quinta-feira, dia 12, dirigentes da FEM reprovaram três propostas de reajustes salariais apresentadas pelas bancadas patronais dos Grupos 3 (autopeças, forjaria e parafusos) Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros) e Estamparia. À tarde, a negociação foi com a bancada do Grupo 2, mas a proposta também foi rejeitada.
O G2 propôs um acordo pelo período de dois anos que ficaria: INPC neste ano e 0,5% de aumento real em março do ano que vem e INPC mais 0,5% em março de 2015. O G3 ofereceu aumento salarial de 6,8% (6,07% de reposição integral da inflação do período da data-base da categoria metalúrgica e 0,69% de aumento real).
Já o G8 e a Estamparia propuseram o pagamento imediato do INPC e 1,5% de aumento real em janeiro de 2014.
O G10 (que reúne os setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros) apresentou a proposta de aumento de 6,5%, também reprovada pela Federação.
“Propostas inaceitáveis”
O presidente da FEM-CUT/SP, Valmir Marques da Silva, Biro Biro, disse que estas propostas jamais passam em assembleias. “Até domingo, os nossos sindicatos metalúrgicos farão assembleias nas bases para atualizar os trabalhadores das propostas que reprovamos aqui em mesa de negociação e também prepararão a categoria para iniciar paralisações, caso as bancadas patronais não apresentem propostas aceitáveis”, disse.
As negociações com os grupos patronais continuam e a tendência é que se até segunda-feira, dia 16, não houver avanço nas negociações a Federação entregará comunicados de greve.
Próximas rodadas
A FEM continua a rodada de negociação com a bancada patronal da Fundição nesta sexta-feira, dia 13, às 10h, na sede do SIFESP, situada à avenida Paulista, 1274.
Com relação ao Grupo 3 a negociação será na próxima segunda-feira, dia 16, às 10h, na sede da entidade patronal, no Sindipeças. Já os demais grupos patronais ainda não há agendas, mas o processo de negociação continua.
