O Sindicato dos Metalúrgicos começou este mês a liderar assembleias de mobilização em frente às empresas para mobilizar e unificar a categoria em torno da campanha salarial deste ano. As negociações coletivas de 2013 envolvem não somente reajustes salariais, mas também as garantias (cláusulas sociais) da Convenção Coletiva de Trabalho dos metalúrgicos.
As primeiras assembleias em Sorocaba foram realizadas com os metalúrgicos da Bardella e da ZF. Nos próximos dias assembleias semelhantes serão lideradas pelo Sindicato em outras fábricas.
A data-base dos metalúrgicos da CUT no estado é 1º de setembro e a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM), que representa os sindicatos de trabalhadores, já tem uma extensa agenda de negociações confirmadas com os grupos patronais que compõem o setor (veja a agenda em /imprensa/fem-divulga-calendario-de-negociacoes/20130820-213151-P512 )
Solidariedade de classe
“O objetivo das assembleias é conscientizar os metalúrgicos de que é preciso estarmos unidos, em todas as fábricas, para conquistar bons acordos coletivos nesta campanha salarial. É preciso ter solidariedade de classe para impedir que os patrões nos dividam”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato.
Para o diretor executivo da entidade, Adilson Faustino, “nenhuma fábrica é uma ilha”. Segundo ele, “As más condições de trabalho e de salários nas fábricas sem acordo logo influenciam a política de contratação/demissão e a grade salarial nas fábricas que anteciparam reajuste. Além disso, este ano a campanha salarial vai discutir as cláusulas sociais da convenção coletiva, que valem para todos e que nenhum acordo isolado vai garantir”.