Editorial

Palavra da diretoria – Atenção desde já

Palavra da Diretoria desta semana comenta a importância da categoria se envolver nas discussões sobre a campanha salarial desde já

Imprensa SMetal

Com a plenária da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) nesta sexta-feira, dia 17, em Salto, os trabalhadores da categoria começam, mais uma vez, a trajetória anual para conquistar a reposição da inflação nos salários, aumento real e melhores pisos, que são os salários iniciais pagos pelas fábricas.

Aliás, em 2013, como tem acontecido a cada dois anos, os direitos que estão em jogo vão além dos salários. Também as cláusulas sociais da convenção coletiva vão estar em negociação este ano. Essas cláusulas definem, por exemplo, as datas de pagamentos, a licença-maternidade, o adicional noturno, a estabilidade em caso de acidentes e doenças ocupacionais, entre outras.

A data-base dos metalúrgicos, prazo para firmar os acordos anuais, é dia 1º de setembro. Mas a organização da campanha salarial deve começar imediatamente. Abaixo, explicamos o porquê. Cada grupo patronal metalúrgico segue uma convenção coletiva própria. Atualmente, os patrões estão organizados em seisgrupos na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). As empresas de máquinas e eletroeletrônicos, por exemplo, formam o Grupo 2. Já as fabricantes de autopeças, forjarias e parafusos integram o Grupo 3. E assim por diante.

Cada Convenção Coletiva de Trabalho tem cerca de 90 cláusulas. A FEM/CUT negocia, em nome dos sindicatos filiados, essas cláusulas com todos os grupos patronais.

Nenhum grupo patronal, por sua vez, perde a oportunidade, todos os anos, de alegar problemas de mercado, queda de produção ou produtividade, sazonalidade, juros, crise mundial, dificuldade nas exportações, valor do dólar e quaisquer outras ladainhas usadas há décadas para tentar negar nossas reivindicações.

Por mais que os dirigentes da FEM se preparem para rebater os argumentos das empresas nas mesas de negociações, nenhuma campanha salarial é realmente bem-sucedida se não houver mobilização dos trabalhadores.

Essa mobilização torna-se visível tanto na organiza-ção do metalúrgico no seu próprio local de trabalho quanto na participação em atividades coletivas convocadas pelos sindicatos.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba sempre foi um dos membros mais atuantes da FEM. Esse destaque local se deve, principalmente, à tradicional capacidade dos trabalhadores de darem sua cota de participação nas campanhas salariais, inclusive realizando grandes atos públicos para divulgar suas reivindicações.

Em breve, o nosso Sindicato deverá convocar os metalúrgicos locais para participar das primeiras atividades da campanha salarial. O grau de adesão a essas atividades iniciais poderá determinar o quanto poderemos avançar nas negociações deste ano.

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